Célula a hidrogénio alimenta notebooks e bicicletas elétricas
| Por Pedro Vacas

Durante o Mobile World Congress, realizado em Barcelona na semana passada, os visitantes puderam conhecer um sistema de alimentação a hidrogénio para notebooks e outros equipamentos móveis.
O sistema é composto por uma célula alimentada a hidrogénio, fornecida pela Powertrekk. Ao gerar a energia necessária para alimentar o equipamento, a célula produz apenas vapor de água como subproduto.
Os cartuchos de hidrogénio estão a ser introduzidos no mercado com capacidades para alimentar células a combustível de 1 watt até 3 kilowatts.
Isto os torna capazes não apenas de recarregar telemóveis, notebooks, GPS e qualquer outro produto portátil, mas também de alimentar equipamentos com consumo significativo de energia.
Uma célula a combustível com o cartucho de maior capacidade pode alimentar uma bicicleta elétrica até 160 quilómetros, a uma velocidade de 40 km/h.
Energia do sal e areia
As recargas de hidrogénio, que estão a ser lançadas pela empresa Signa Chemistry, baseiam-se no trabalho do professor James Dye, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
O Dr. Dye trabalha com metais de base alcalina, tendo desenvolvido o uso do silicato de sódio para produzir hidrogénio.
"No nosso laboratório, nós produzimos silicatos metal-alcalinos, que basicamente são feitos de sódio e silício que, por sua vez, vêm do sal e da areia," conta o investigador. "Nós conseguimos produzir hidrogénio adicionando água ao silicato de sódio, e o hidrogénio alimenta as células a combustível."
Depois de esvaziar sua carga de hidrogénio, o cartucho contém apenas silicato de sódio, o mesmo material encontrado nas pastas de dentes, por exemplo, o que mantém a característica "verde" dessa fonte de energia.
Fonte: I.tecnológica
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