Marijuana nos EUA alimenta efeito estufa, diz cientista
| Por Pedro Vacas

Marijuana em estufas domésticas, a fim de evitar chamar a atenção das autoridades, americanas produz uma enorme pegada de carbono, diz estudo realizado pelo investigador Evan Mills, ligado ao Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, da Universidade da Califórnia, e membro do Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) da ONU.
De acordo com o relatório publicado no website pessoal de Mills – que alega ter conduzido o estudo de forma independente e com recursos próprios – uma estufa doméstica para cultivo de marijuana requer uma iluminação equivalente à de uma sala de cirurgia, uma circulação de ar seis vezes mais intensa que a de um laboratório biológico e uma potência elétrica igual à de uma central de processamento de dados.
Essas condições, afirma Mills, geram um gasto anual de energia equivalente a US$ 5.000 milhões e um consumo de eletricidade igual ao de 2 milhões de lares americanos médios. A poluição anual causada pela atividade, em termos de emissão de CO2, equivale à de 3 milhões de automóveis.
Do ponto de vista do consumidor final, prossegue o cientista, cada cigarro de marijuana fumado nos EUA traz embutida a emissão de um quilo de CO2.
O investigador afirma que esse cenário é fruto da ignorância dos produtores, somada a “adaptações para garantir a segurança e a privacidade” da operação. “Se práticas (…) compatíveis com o uso comercial de estufas agrícolas servirem de indicação”, escreve ele, o consumo de energia na produção de marijuana poderia cair até 75%.
“Levar o cultivo para o campo aberto elimina a maior parte do uso de energia, exceto transporte”, destaca, mas com uma ressalva: “A prática poderá trazer outros impactos ambientais”. Nos EUA, 17 Estados permitem o plantio da marijuana para uso medicinal.
Fonte: AmbienteB.
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